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13/02/2015 - Faça diferente neste Carnaval: doe sangue
Faça diferente neste Carnaval: doe sangue
A festa do reinado de Momo é um dos principais períodos em que os estoques dos bancos de sangue diminuem. Com um alto índice de acidentes e cirurgias, os hospitais precisam recorrer a essas instituições para atender pacientes e salvar vidas. “É preciso que as pessoas se sensibilizem e quem ainda não é doador se torne. É um ato simples e de fundamental importância”, salienta o diretor médico do Hospital Esperança Olinda, Marcos Reis.
Um dos principais mitos é que doar sangue dói. “Não há motivos para sentir medo. Doar sangue não dói”, quem afirma é o bancário Paulo José Lino, de 51 anos. Doador desde 2002, em novembro de 2014 ele precisou de transfusão quando submetido a uma cirurgia no coração, realizada pela equipe do Esperança Olinda. “Perdi uma quantidade considerável de sangue e fiquei muito debilitado. Eu, que já ajudei tanta gente, um dia precisei de ajuda. E a transfusão foi fundamental para a minha recuperação”, conta. Paulo também lembra o quanto é importante a doação espontânea: “salvar vidas, sejam elas conhecidas ou não, traz muita felicidade”, afirma.
Cada pessoa doa cerca de 450ml de sangue. Entre o cadastro, a triagem, a coleta, o lanche e demais orientações, a doação dura em média 50 minutos. E em pouco tempo o organismo se reabilita: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas primeiras 24 horas após a doação o organismo repõe o volume de sangue doado.
Outro grande benefício é que uma só bolsa de sangue pode ajudar mais de um paciente. Isso porque os hemocomponentes são separados, como o concentrado de hemácias (utilizado em pessoas com anemia, que sofreram acidentes ou passaram por cirurgias), o concentrado de plaquetas (fundamental no tratamento do câncer e em transplantes) e o plasma (fundamental para alguns problemas de coagulação).
Dados e recomendações – A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual ideal de doadores para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população. No Brasil esse número é preocupante, pois não chega a 2%. Essa quantidade sofre uma queda alarmante durante o inverno, as férias e as festas, como o Carnaval. Para ser um doador, a pessoa deve pesar no mínimo 50 kg, ter entre 18 e 65 anos, estar devidamente descansado e alimentado e portar um documento com foto. O intervalo recomendado entre uma doação e outra é de dois meses para os homens e de três para as mulheres.