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19/02/2015 - Mononucleose - a doença do beijo
Mononucleose – a doença do beijo
A animação do Carnaval contribui para que as pessoas fiquem mais desinibidas e o clima de paquera tome conta dos dias de folia. No entanto, se você distribuiu muitos beijos nos últimos dias, é preciso atentar à existência de uma doença bastante propensa nesse período: a mononucleose infecciosa, mais conhecida como “doença do beijo”. Causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), ela é contraída pela saliva e começa a se desenvolver após um período de incubação que dura de 30 a 50 dias. O vírus invade as células que revestem o nariz e a garganta, afetando os linfócitos B, glóbulos brancos responsáveis pela produção de anticorpos.
A mononucleose acomete principalmente jovens de 15 a 25 anos. Dentre os fatores que influenciam a transmissão da doença estão más condições de higiene e grande concentração de pessoas, o que facilita a dispersão do vírus.
Os sintomas mais comuns são febre, dor de garganta, inchaço dos gânglios, dificuldade para engolir, dores musculares, fadiga e perda de apetite. A pessoa pode apresentar ainda crescimento do fígado e do baço. Como os sintomas são muito parecidos com os de uma forte gripe, é importante evitar a automedicação e procurar um médico. “O diagnóstico deve ser preciso. Durante o exame físico, o médico pode encontrar gânglios inchados na região do pescoço e amígdalas inflamadas, mas só um exame de sangue é capaz de confirmar a doença”, explica o infectologista Moacir Jucá, do Hospital Esperança Olinda. O tratamento consiste em se combater os sintomas com antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios.
“A virose não é fatal e a recuperação, geralmente, ocorre em poucos dias. No entanto, ela pode levar a complicações como meningite, encefalite, anemia hemolítica e rompimento do baço, por isso merece atenção”, alerta o médico. Como não há vacina para a mononucleose infecciosa, a principal maneira de prevenção são a higiene e os cuidados no trato com as pessoas infectadas.