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10/08/2015 - Os diversos tipos de hepatites virais
As hepatites podem ser decorrentes de diversas causas, como infecções, medicamentos, doenças metabólicas e doenças genéticas. No entanto, as mais comuns são as hepatites virais – provocadas por vírus, como o próprio nome sugere. Elas são classificadas em A, B, C, D e E.
No Brasil, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. “Todos os tipos são identificados por exame de sangue específico e o tratamento varia de acordo com as características do paciente e evolução da doença”, explica Moacir Jucá, infectologista do Hospital Esperança Olinda. Hepatites B e C são as mais perigosas e silenciosas. O Ministério da Saúde estima que 14 milhões de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B e que a hepatite C é a principal causa de doença crônica do fígado.
A hepatite A é transmitida por via fecal-oral, normalmente pelo contato com água ou alimentos contaminados. As melhores formas de prevenção são saneamento básico e higiene no preparo dos alimentos. Também há vacina disponível na rede particular de saúde. “A maioria das pessoas elimina o vírus naturalmente e quase não apresenta sintomas. Quando surgem, os mais comuns são cansaço, tontura, dor abdominal, urina escura e fezes claras”, relata o infectologista.
A hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. O vírus está presente no sangue, no esperma e no leite materno. As formas de contágio são: relações sexuais sem camisinha com pessoa infectada; da mãe infectada para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação; ao compartilhar material para uso de drogas, de higiene pessoal ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings; e ainda por transfusão de sangue contaminado. Para a prevenção, recomenda-se o uso de preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de higiene pessoal e material de manicure e pedicure; e a vacina, que é disponível em três doses, nas redes pública e particular de saúde. Além disso, toda grávida precisa fazer o pré-natal, onde constam exames para detectar a hepatites, aids e sífilis. Geralmente, o organismo apresenta cura em cerca de seis meses após o início do tratamento.
Ao contrário da hepatite B, não há uma vacina capaz de prevenir a hepatite C. A doença é transmitida através do contato com sangue contaminado e é comum entre usuários de drogas que compartilham seringas, agulhas e outros materiais. Também pode ser transmitida por transfusão de sangue, da mãe para o bebê (mesmos casos da hepatite B) e, mais raramente, pelo sexo sem preservativo – quando há sangramento. Quando a infecção pelo vírus C persiste por mais de seis meses – o que é comum em até 80% dos casos – caracteriza- se a evolução para a forma crônica. Cerca de 20% dos pacientes infectados cronicamente podem evoluir para cirrose hepática e de 1% a 5% para câncer de fígado. “O tratamento depende do tipo do vírus e do comprometimento do fígado”, conta Dr Moacir Jucá.
A hepatite D depende da presença do vírus do tipo B para infectar o indivíduo. A gravidade da doença irá depender do momento da infecção e pode ocorrer ao mesmo tempo que a contaminação pelo vírus B ou em portadores da hepatite B crônica – que persiste por mais de seis meses. As formas de prevenção são idênticas as da hepatite B, incluindo a vacina aplicada em três doses.
Já a hepatite E tem características semelhantes à hepatite A, incluindo as formas de contágio. É mais comum na África e na Ásia e está constantemente associada às precárias condições de saneamento básico. Também não existe vacina e a principal prevenção é a higiene.
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